domingo, 1 de fevereiro de 2009

ODOYÁ! Salve 2 de Fevereiro!


"Minha mãe chamava-se do Carmo, Maria do Carmo. Ela tinha muita vontade de ter uma filha. Um dia, ela engravidou. Acontece que, num desses dias, deu vontade nela de comer peixe de água doce. Minha mãe estava com fome e disse: 'Já que não tem nada aqui, vou para o rio pescar.' Ela foi para o rio e, quando estava dentro d'água pescando, a bolsa estourou. Ela saiu correndo, me segurando, que eu já estava nascendo. E eu nasci numa encruzilhada. Tia Afalá, uma velha africana que era parteira do engenho, nos levou, minha mãe e eu, para casa e disse que ela tinha visto que eu era filha de Exu e Yemanjá.
Isso foi no dia 20 de Janeiro de 1931.
Assim foi o meu nascimento."

TIA CIATA DE OXUM/In Memoriam

Tia Ciata Foto: acesse Heróis de Todo o Mundo
Tia Ciata e seus filhos-de-samba popularizaram o ritmo que ela, entre outros, levaram de Salvador para o Rio de Janeiro, difundindo essa cultura para seus descendentes e para os que delas se aproximaram, extravasando seu papel de sacerdotisa dos deuses africanos e dos cultos e ritos ancestrais para o de incomparável festeira, mãe-de-santo e mãe do samba.
Outras mães, em diferentes lugares e épocas se encarregaram de outros filhos. Os maracatus, os afoxés, o jongo
, as congadas , moçambiques e outras práticas culturais de origem africana, sempre tiveram uma mãe por eles. Ou uma tia que alimentou o corpo e o espírito coletivo, propiciando e motivando a organização de verdadeiros espetáculos como os desfiles dos maracatus e afoxés, entre outros. Fonte:http://www.aguaforte.com/osurbanitas6/Amaral2007.html

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