sábado, 31 de janeiro de 2009

ODOYÁ!



"... Dia 2 de fevereiro, dia de festa no mar...,

vou levar as minhas flores,...


vou saudar Iemanjá..."
ODOYÁ!

ODOYÁ!


A Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde pede a benção à Mãe Beata de Iemanjá!

Foto: Arquivo Rede. Vivência na Praia/MA. Encontro Nacional Mulheres de Axé!

Violência contra a Mulher. Disque 180



Relatos de violência contra a mulher crescem mais de 22% em 2008

A Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (SPM) registrou aumento de 22,3% nos relatos de violência recebidos pela Central de Atendimento à Mulher em 2008 em relação ao ano anterior. Foram 24.523 chamados em 2008 e 20.050 em 2007.

Relatos de violência

Ameaça 26,5%

Assédio moral (trabalho) 0,1%

Assédio sexual (trabalho) 0,1%

Atentado violento ao pudor 0,4%

Calúnia 0,9%

Cárcere privado 0,7%

Difamação 5,9%Estupro 1,2%Exploração sexual 0,2%

Homicídio 0,1%

Injúria 1,9%

Lesão corporal grave 3,2%

Lesão corporal gravíssima 0,5%

Lesão leve 52,5%

Perseguições 3,0%
Tentativa de homicídio 1,1%

Violência patrimonial 1,9%

A Central de atendimento registrou quase 270 mil atendimentos (que engloba informações, relatos de violência, reclamação, entre outros) entre janeiro e dezembro de 2008 - um aumento de 32% em relação a 2007. Destes, mais de 117 mil eram solicitações de informação sobre a Lei Maria da Penha, aplicada em casos de violência à mulher. O número representa um crescimento de 245% em relação ao ano anterior. Segundo a SPM, diversos fatores contribuíram para o crescimento, entre eles a maior divulgação da lei e a capacitação das atendentes da central de atendimento. Entre os relatos de violência, 52,5% foram registrados como lesão corporal leve, 26,5% como ameaça e 5,9% como difamação. Estupro corresponde a 1,2% e violência patrimonial a 1,9%. Quase todas as agressões foram identificadas como violência doméstica (94,1%). Em mais da metade dos casos, o autor da agressão era o cônjuge da denunciante (63,2%). Os amigos representam 3,5% dos autores, e o pai, 0,8%. Em 64,9% das ligações, o serviço constatou que as agressões eram feitas diariamente.

O balanço também mostra o perfil da mulher que ligou para o 180: negra (39,2%), tem entre 20 e 40 anos (53,2%), é casada (24,8%) e cursou parte ou todo o ensino fundamental (33,3%). O campeão de ligações foi o Distrito Federal, com 351,9 atendimentos para cada 50 mil mulheres. Em segundo lugar está São Paulo (220,8) e, em terceiro, aparece o Estado de Goiás (162,8).

O serviço da SPM (ligue 180) funciona 24 horas, todos os dias da semana, inclusive finais de semana e feriados. A central de atendimento foi implantada em novembro de 2005.

Direito à Saúde da Mulher Negra

Visite o site do Projeto Direito à Saúde da Mulher Negra – realizado em parceria entre a Conectas Direitos Humanos e o Geledés - Instituto da Mulher Negra, com apoio da União Européia.O projeto, que iniciou suas atividades em abril de 2007, tem como principal objetivo combater o racismo institucional e o sexismo nos serviços de saúde pública.
Acesse o site e saiba mais sobre a missão do Projeto, as atividades já realizadas, os próximos passos, a equipe, o conselho consultivo e muito mais! Além disso, há no site uma ampla base de dados sobre direitos humanos, saúde, gênero e raça com artigos e teses acadêmicas, matérias de jornais, cartilhas e o próprio material produzido pelo projeto, disponível para download.
http://www.saudemulhernegra.org.br/


A seguir, um breve resumo do site:

Home/Sobre o Projeto

Contém uma detalhada descrição do Projeto expondo os seus principais objetivos, local de atuação, material produzido e atividades desenvolvidas. Há também uma breve apresentação da equipe do Projeto, contendo um mini-currículo de cada uma das pessoas que trabalham (e que trabalharam) contratadas ou voluntariamente.


Veja em http://www.conectas.org/saudemulhernegra/home/projeto


Base de Dados

Para a pesquisa para a produção do material foram compilados artigos acadêmicos, dissertações e textos de legislação nacional e internacional com vistas a estruturar o banco de dados sobre direito à saúde da mulher negra. Foram compilados um total de 191 artigos sobre os temas raça, gênero e/ou saúde e 75 textos de documentos internacionais de proteção aos direitos humanos. É importante ressaltar que todo o material produzido pela equipe do projeto também está disponível em formato digital no banco de dados online.
http://www.conectas.org/saudemulhernegra/home/textos

MÃE ANDRESSA/Casa das Minas/MA -In Memoriam


A Casa das Minas é o terreiro de tambor de mina mais antigo de São Luís e terceiro terreiro de culto afro-brasileiro inscrito no livro de tombo do Iphan. Os outros dois terreiros tombados são Terreiro da Casa Branca do Engenho Velho, Ilê Axé Iyá Nassô Oká, tombado em 1987, e o Terreiro Ilê Axé Opô Afonjá, tombado em 1999, ambos localizados em Salvador (BA).
A fundadora do terreiro, a maranhense Maria Jesuína, era consagrada ao vodun Zomadonu, o dono da Casa.
Com uma organização matriarcal, sempre foi chefiada por mulheres. Uma das líderes mais conhecidas - já passaram pelo comando oito governantes - foi Mãe Andressa, que governou a Casa entre 1914 e 1954. A atual é Denil Jardim, vodunsi de Toi Lepon, a nona dirigente.
As divindades ou voduns da Casa das Minas são agrupadas em três famílias principais: a real ou de Davisse, a de Dambirá e a de Quevioçô, que tem como hóspedes voduns das famílias de Savalunu e Aladanu.
Foto: Mãe Andessa. Arquivo Rede

Encontro Nacional Mulheres de Axé!



Mãe Beata de Iemanjá /RJ discute o enfrentamento à Violência contra a mulher realizado pelas Yalorixás integrantes da Rede Nacional e da Rede Yagbá .
Sua fala é ouvida atentamente pelo público presente e por Ekédi Sinha e Makota Valdina( dir. p/ esq ).
ODOYÁ!
Foto: Arquivo Rede

RISCO MULHER BRASIL. Cresce a mortalidade materna em Salvador!


Dossiê mostra a situação do aborto inseguro na Bahia

A cada cem internações por parto, na capital baiana, ocorrem 25 em decorrência do aborto, número bem acima da proporção nacional que é de 15 para 100. As estatísticas também colocam Salvador com um índice de mortalidade materna cinco vezes maior do que o mínimo definido como aceitável pela Organização Mundial de Saúde (OMS), sendo o aborto a principal causa isolada. Dados como esses constam no dossiê.
A Realidade do Aborto Inseguro na Bahia: a Ilegalidade da Prática e os seus Efeitos na Saúde das Mulheres em Salvador e Feira de Santana, que será divulgado nesta sexta-feira (5). A apresentação acontecerá na Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia da Bahia (Sogiba), das 9h às 13h30. O estudo mostra ainda que a curetagem pós-aborto aparece como o segundo procedimento mais freqüente na rede do Sistema Único de Saúde (SUS).
Só em 2007 foram realizadas 8.387 curetagens em Salvador. Isso significa quase 699 por mês, 23 por dia e 01 a cada hora. O documento integra as ações do movimento de mulheres no Brasil pela legalização do aborto e foi organizado pelo Instituto Mulheres pela Atenção Integral à Saúde, Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos (IMAIS). O dossiê visa contribuir para dar visibilidade ao aborto inseguro como violação dos direitos humanos das mulheres. Também busca subsidiar o trabalho de parlamentares para a implementação de políticas públicas e para a mudança da legislação brasileira que está entre as mais restritivas do mundo.
Segundo o artigo 128 do Código Penal, que data de 1940, o aborto só não é passível de punição se for a única maneira de garantir a vida da mulher e se for realizado para interromper gravidez por estupro. Realizado neste semestre, o documento foi elaborado a partir de dados formais da rede pública de saúde e entrevistas realizadas com 12 profissionais envolvidos com a atenção direta às mulheres com abortamento - oito ginecologistas, três anestesistas, duas enfermeiras, duas assistentes sociais e uma psicóloga – e também com mulheres que vivenciaram a experiência e familiares. Tanto a pesquisa em campo quanto os dados compilados sobre o assunto mostraram que o aborto é praticado clandestinamente por mulheres de todas as classes sociais, níveis de escolaridade, etnias e religiões. No entanto, tem conseqüências desiguais, a depender da inserção social, produzindo riscos à vida de mulheres pobres, com baixa escolaridade e pouco acesso a serviços de saúde de qualidade.
No Brasil, o Ministério da Saúde registrou aproximadamente 220.000 internações motivadas por aborto inseguro nas unidades do SUS, em 2007, e, estima que, cerca de 1.400.000 mulheres realizem aborto no país a cada ano. Em Salvador, segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde, a gravidez, o parto e o puerpério foram as causas mais freqüentes de internação hospitalar na cidade, em 2006, correspondendo a 39.120, ou seja, 44% de todas as internações no SUS. Destas internações, 22% referem-se a gestações que terminaram em aborto. Estes são apenas alguns dos aspectos abordados pelo dossiê, que apresenta, em 60 páginas, detalhes da situação do aborto inseguro na Bahia. O trabalho, que foi realizado também em Petrolina e Recife, conta com a parceria de instituições como o IPAS, CURUMIM, Jornadas pelo Aborto Legal e Seguro, CFEMEA e Rede Nacional Feminista de Saúde, Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos.
Fonte: Tribuna da Bahia

Retrato das Desigualdades de Gênero e Raça/IPEA


A cada cinco mulheres negras, uma ainda trabalha como empregada doméstica, que teve um "ganho" ano passado, segundo a última Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílio (PNAD) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 4,8% no seu rendimento.
Avanços tímidos existem, mas ainda prosseguem as desigualdades de gênero e raça
no Brasil, segundo comprova a terceira edição do trabalho " Retrato das Desigualdades de Gênero e Raça" lançado em Brasília, pelo Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea) junto com o Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para as Mulheres (Unifem) e a Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres.

É só entrar na página www.ipea.gov.br e baixar um resumo desta pesquisa.
Abaixo um trecho do comunicado distribuído pelo instituto. Exatamente igual aos demais que vimos ao longo deste ano, quando lembramos os 120 anos da abolição inconclusa.

" Levando-se em consideração o recorte de raça, o quadro de desigualdade se agrava. As mulheres negras são as que ganham menos, registram as maiores taxas de desemprego, as menores de emprego formal (com carteira) e formam o maior contingente de domésticas. Ser empregada doméstica ainda é no Brasil do século 21 o emprego mais comum para a mulher negra. A cada cinco negras, uma é doméstica. Para a mulher branca, essa proporção diminui para uma doméstica em cada oito com trabalho remunerado.

Também a pobreza é um flagelo maior para os domicílios de famílias negras. Entre os beneficiados do Programa Bolsa Família, 69% dos domicílios têm chefe de família negro e 31%, branco".

Mulheres de Axé discutem desafios para promoção dos direitos das mulheres


O evento(...) pretende dar voz às mulheres líderes engajadas em religiões Afro-Brasileiras. Os participantes do encontro vão discutir o papel e os desafios das mulheres de axé, expressão que tem origem no yorùbá “asè” e significa “nós realizamos, com a ajuda, a força e o poder de nossa crença nos Òrìsà e nos nossos Ancestrais”.
Durante o evento em São Luís, autoridades e líderes de organizações baseadas na fé devem discutir ainda temas como as iniciativas sociais dos terreiros liderados por mulheres, potenciais pontos de interseção com a Política Nacional de Saúde para as Mulheres, o II Plano Nacional de Políticas para as Mulheres e a Política Nacional de Saúde Integral da População Negra, além de desafios num mundo globalizado.
“As comunidades religiosas têm sido ativistas constantes no sentido de assegurar o respeito aos Direitos Humanos, em especial os direitos das mulheres e das pessoas jovens”, afirmou a Representante do UNFPA, Fundo de População das Nações Unidas no Brasil, Alanna Armitage.
Assim como acontece nos Terreiros, onde as mulheres são figuras centrais, no cenário político as mulheres devem participar de todas as discussões, da elaboração, implementação, monitoramento e avaliação das políticas públicas. Esse papel é fundamental para o desenvolvimento da sociedade como um todo.
O I Encontro Nacional Mulheres de Axé conta com a presença de representantes da Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde, lideranças religiosas de vários terreiros, da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, da Área Técnica da Saúde da Mulher do Ministério da Saúde, da Secretaria de Estado da Mulher do Maranhão, da Secretaria Estadual de Saúde do Maranhão, do AKONI – Centro de Formação para a Cidadania, professores da Universidade Federal do Maranhão e representantes do UNFPA.


Mesa de Abertura I Encontro Nacional Mulheres de Axé!



José Marmo
Secretário Executivo da
Rede Nacional de Religiões
Afro-Brasileiras e Saúde
cumprimenta o público e abre o Encontro Nacional de Mulheres de Axé no Maranhão.
Axé Rede!
Foto: Arquivo Rede

I ENCONTRO NACIONAL MULHERES DE AXÉ!



Realização


Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde


Local


Praia Mar Hotel - Ponta de Areia - São Luis/MA


Apoios

Fundo de População das Nações Unidas/UNFPASecretaria Especial de Políticas para as Mulheres/SPMUniversidade Federal do Maranhão/UFMASecretaria Estadual de Saúde do Maranhão

Foto: Arquivo Rede. Mãe Beata de Iemanjá reverencia ODOYÁ! nas águas salgadas do Maranhão acompanhada por outras Mulheres de Axé!

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