sábado, 31 de janeiro de 2009

Retrato das Desigualdades de Gênero e Raça/IPEA


A cada cinco mulheres negras, uma ainda trabalha como empregada doméstica, que teve um "ganho" ano passado, segundo a última Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílio (PNAD) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 4,8% no seu rendimento.
Avanços tímidos existem, mas ainda prosseguem as desigualdades de gênero e raça
no Brasil, segundo comprova a terceira edição do trabalho " Retrato das Desigualdades de Gênero e Raça" lançado em Brasília, pelo Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea) junto com o Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para as Mulheres (Unifem) e a Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres.

É só entrar na página www.ipea.gov.br e baixar um resumo desta pesquisa.
Abaixo um trecho do comunicado distribuído pelo instituto. Exatamente igual aos demais que vimos ao longo deste ano, quando lembramos os 120 anos da abolição inconclusa.

" Levando-se em consideração o recorte de raça, o quadro de desigualdade se agrava. As mulheres negras são as que ganham menos, registram as maiores taxas de desemprego, as menores de emprego formal (com carteira) e formam o maior contingente de domésticas. Ser empregada doméstica ainda é no Brasil do século 21 o emprego mais comum para a mulher negra. A cada cinco negras, uma é doméstica. Para a mulher branca, essa proporção diminui para uma doméstica em cada oito com trabalho remunerado.

Também a pobreza é um flagelo maior para os domicílios de famílias negras. Entre os beneficiados do Programa Bolsa Família, 69% dos domicílios têm chefe de família negro e 31%, branco".

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