quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

In Memoriam:IYÁ DAVINA



Davina Maria Pereira , Iyá Davina, nasceu no ano de 1880, na cidade de Salvador, Bahia. No dia 24 de julho de 1910, foi iniciada por Procópio Xavier de Souza, mais conhecido como Procópio d'Ogun , no Ilê Ogunjá, situado no Baixão, antigo Matatu Grande, em Salvador.Filha de Omolu e Oxalá, muda-se, ainda na década de 1920, para a cidade do Rio de Janeiro, juntamente com seu marido, Theóphilo Marcelino Pereira, ogan do Ilê Ogunjá.

Possuirá, no bairro da Saúde, sua primeira residência no Rio de Janeiro. Lá, abrigará inúmeros conterrâneos de mudanca para o Rio, ficando, tal casa, popularmente conhecida como "Consulado Baiano".Já nesssa época, existia no Rio de Janeiro um famoso terreiro de candomblé, situado na Rua Barão de São Félix, número 174, dirigido pelo renomado pai-de-santo João Alabá. A este, Iyá Davina irá se juntar. Alguns historiadores confirmam que tal terreiro havia sido fundado por Bamboxê Obiticô. João Alabá fora iniciado na Bahia (desconhece-se em qual terreiro). Cultuava grande amizade com sacerdotes baianos, entre estes: Joaquim Vieira da Silva, Tio Joaquim. Por ele, foram iniciadas Carmen do Xibuca e quase todos os membros da familia de Tia Ciata (de sobrenome Jumbeba).

Do mesmo terreiro baiano onde fora iniciado, vieram Vicente Bankolê e sua esposa Tia Pequena, que, após o falecimento de Alabá, herdariam os assentamentos de seu orixá - Omolu - e deslocariam o terreiro da Gamboa para Bento Ribeiro, e, logo depois, para a Baixada Fluminense - criando, assim, a Sociedade Beneficente da Santa Cruz de Nosso Senhor do Bonfim, mais conhecida como Casa-Grande de Mesquita, e que seria a primeira comunidade-terreiro de candomblé a estabelecer-se na Baixada Fluminense.

Iya Davina participará da fundação de inúmeros terreiros no Rio de Janeiro. Entre estes: o Bate-Folha de João Lessengue; o Axé Opô Afonjá de Mãe Agripina, o Terreiro de São Gerônimo e Santa Bárbara, de Mãe Senhorazinha; o Ilê Nidê, de Seu Ninô d'Ogun. Fato que tão bem ilustra os vinculos criados entre migrantes baianos e cidadãos cariocas, determinantes para a preservação, manutenção e criação de novas e velhas tradições culturais.

Sua neta, Mae Meninazinha d' Oxum , matém esses vínculos através das muitas ações que realiza no Ilê Omolu Oxum.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

In Memoriam: Miriam Makeba

Agência Estado e Associated Press

MA - A cantora sul-africana Miriam Makeba, conhecida no mundo como "Mama África" . Aos 76 anos, a artista era um símbolo internacional contra a segregação racial e tinha entre seus sucessos a música Pata Pata. Ela morreu seguindo suas convicções, após fazer um show em homenagem a um escritor italiano que vem sofrendo ameaças da máfia.

Aqui - Ouça música 'Pata Pata', de Miriam Makeba

Miriam Makeba, também chamada "A imperatriz da canção africana", saiu da África do Sul em 1959, quando ainda vigorava no país o regime segregacionista do apartheid. Ela tentou voltar em 1960, para o funeral da mãe, porém seu passaporte foi revogado e sua entrada, negada. Ela viveu no exílio durante 31 anos nos Estados Unidos, na França, em Guiné e na Bélgica, até seu emocionante regresso a Johannesburgo, em 1990.
O convite para retornar foi feito por Nelson Mandela, que depois viria a ser presidente do país, entre 1994 e 1999. "Foi como renascer", relembrou Miriam depois.

Simone de Beauvoir - O Segundo Sexo


O Segundo Sexo” foi publicado há cinquenta e cinco anos. Nesta obra, Simone de Beauvoir fazia uma “chamada às armas” contra a discriminação a que as mulheres continuam a ser sujeitas. Aí escreveu “Ninguém nasce mulher, mas sim ,torna-se mulher. "
“O Segundo Sexo” é uma obra seminal que estabeleceu de imediato uma plataforma de discussão acesa sobre a condição feminina e o(s) feminismo(s).
Apesar das várias polémicas que sempre suscitou, tem servido de referência para a maior parte dos ensaios, debates e discussões posteriores.

Mãe Aninha participou do II Congresso Afro-Brasileiro em 1937!


O primeiro Congresso Afro-Brasileiro foi realizado na cidade do Recife, em Pernambuco no ano de 1934, sob a liderança de Gilberto Freyre e tendo também como um dos idealizadores o poeta brasileiro Solano Trindade que além de poeta e folclorista era militante ativista que participou da fundação da Frente Negra Pernambucana, Centro de Cultura Afro-Brasileiro, Teatro Experimental do Negro.
Eugênia Ana dos Santos Mãe Aninha, fundadora do terreiro de candomblé Ilê Axé Opô Afonjá, participou do II Congresso Afro-Brasileiro - Salvador, Bahia, 1937 falando sobre alimentação litúrgica.
I Congresso Afro-Brasileiro - Recife, Pernambuco, 1934
II Congresso Afro-Brasileiro - Salvador, Bahia, 1937

OKAN AWA - Cânticos da Tradição Yorubá


Ouça trechos em MP3:
Para reproduzir os trechos abaixo, você precisará de um software que os interprete. Caso ainda não tenha, recomendamos o Windows Media Player, clique aqui para fazer o download.
ALABE (231KB) - AYABA OSOGBO (588KB) - SESE KURUDU (362KB)

CANTOS PARA HOMENAGEAR O CENTENÁRIO DE MÃE SENHORA
Interpretações de Inaicyra Falcão dos Santos
Nesta série de cânticos apresentados por Inaicyra ela recria esteticamente os poemas e músicas sagradas, dando-lhe uma nova formatação, advinda de sua postura de estudiosa, e de intérprete original, estabelecendo a dinâmica entre a tradição e as instituições envolventes, como se referiu Mãe Senhora: "
da porteira pra dentro, da porteira pra fora".
A escolha do repertório baseou-se no testemunho de importantes egbomi, senhoras da alta hierarquia comunitária, que conviveram com Mãe Senhora e conheciam suas preferências dos cânticos sagrados.
Neste caminhar, Inaicyra encontrou também com Beto Pellegrino, arranjador e estudioso das músicas da tradição africano-brasileira, e que então participou decisivamente para o ineditismo e o êxito deste trabalho original, entregando-se com talento e conhecimento.
Não se pode esquecer também da participação de Reginaldo Flores, membro da comunidade e professor universitário, que transmitiu inicialmente o repertório dos cânticos tradicionais, bem como de Nestor Madrid, que colaborou intensamente na produção geral, integrando-se nesta singular equipe de trabalho.
Os cânticos possuem letras em yorubá, isto é, a língua da tradição religiosa, preservada pela comunalidade afro-brasileira, legado cultural do povo nagô.
Beto e Inaicyra escolheram quinze cânticos para homenagear a memória de Mãe Senhora, Iyalorixá Oxum Muiwá, Iya Nassô no centenário de seu nascimento. Realizam uma recriação que permite a acomodação desde dentro para desde fora, ou seja, para o âmbito do CD, ou enfim das técnicas da indústria cultural.
Com todas as condições para a realização desse trabalho com grande sucesso e originalidade, empresto a ele minha solidariedade.
Marco Aurélio Luz

Acesse a Lei Maria da Penha!


Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres
SPM

A Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres estabelece políticas públicas que contribuem para a melhoria da vida de todas as brasileiras e que reafirmam o compromisso do Governo Federal com as mulheres do país.
Percorrendo uma trajetória transversal em todo o governo federal, de modo a estabelecer parcerias com diversas instâncias governamentais, a SPM enfrenta as desigualdades e diferenças sociais, raciais, sexuais, étnicas e das mulheres deficientes.
A SPM trabalha com as mulheres, para as mulheres e pelas mulheres.
Foto: Ministra Nilcéia Freire -SPM

Violência contra Mulheres no Brasil.

A Central de Atendimento à Mulher, Ligue 180, serviço 24h vinculado à Secretaria Especial de Políticas para Mulheres (SPM), registrou, 269.977 atendimentos de janeiro a dezembro de 2008 – um aumento de 32% em relação ao ano de 2007 (204.978).
Segundo a SPM, vários fatores contribuíram para esse crescimento, como melhorias tecnológicas e capacitação das atendentes. Parte significativa desse total deve-se à busca por informações sobre a Lei Maria da Penha, que registrou, em 2008, 117.546 atendimentos contra 47.975, em 2007.
A Lei Maria da Penha, que entrou em vigor em 2006, visa prevenir a violência doméstica e familiar contra a mulher.
Segundo o Art. 7° da lei, são formas de violência doméstica contra a mulher:
Violência física, como qualquer ato que ofenda a integridade ou saúde corporal;
Violência psicológica, que cause dano emocional e diminuição da auto-estima, por meio de ameaça, humilhação, manipulação, perseguição ou qualquer outra forma que cause prejuízo à saúde psicológica e à autodeterminação;
Violência sexual, em que o parceiro coaja a presença ou participação em uma relação sexual não desejada, que impeça a mulher de usar métodos contraceptivos, que force a mulher ao aborto, gravidez, matrimônio ou prostituição, ou ato que limite ou anule os direitos sexuais e reprodutivos;
Violência patrimonial, que é entendida como qualquer conduta de retenção, subtração, destruição parcial ou total de seus objetos, instrumentos de trabalho, documentos pessoais, bens, valores e direitos;
Violência moral, onde há calúnia, difamação ou injúria.


Segundo pesquisa divulgada em 2006 pelo Ibope e Instituto Patrícia Galvão sobre Percepção e Reações da Sociedade sobre a Violência contra a Mulher, o nível de preocupação com a violência doméstica em todas as regiões do país aumentou.
Das pessoas entrevistadas, 33% apontam a violência contra as mulheres dentro e fora de casa como o problema que mais preocupa a mulher brasileira na atualidade. Além disso, 51% declararam conhecer ao menos uma mulher que é ou foi agredida por seu companheiro.

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