terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Violência contra Mulheres no Brasil.

A Central de Atendimento à Mulher, Ligue 180, serviço 24h vinculado à Secretaria Especial de Políticas para Mulheres (SPM), registrou, 269.977 atendimentos de janeiro a dezembro de 2008 – um aumento de 32% em relação ao ano de 2007 (204.978).
Segundo a SPM, vários fatores contribuíram para esse crescimento, como melhorias tecnológicas e capacitação das atendentes. Parte significativa desse total deve-se à busca por informações sobre a Lei Maria da Penha, que registrou, em 2008, 117.546 atendimentos contra 47.975, em 2007.
A Lei Maria da Penha, que entrou em vigor em 2006, visa prevenir a violência doméstica e familiar contra a mulher.
Segundo o Art. 7° da lei, são formas de violência doméstica contra a mulher:
Violência física, como qualquer ato que ofenda a integridade ou saúde corporal;
Violência psicológica, que cause dano emocional e diminuição da auto-estima, por meio de ameaça, humilhação, manipulação, perseguição ou qualquer outra forma que cause prejuízo à saúde psicológica e à autodeterminação;
Violência sexual, em que o parceiro coaja a presença ou participação em uma relação sexual não desejada, que impeça a mulher de usar métodos contraceptivos, que force a mulher ao aborto, gravidez, matrimônio ou prostituição, ou ato que limite ou anule os direitos sexuais e reprodutivos;
Violência patrimonial, que é entendida como qualquer conduta de retenção, subtração, destruição parcial ou total de seus objetos, instrumentos de trabalho, documentos pessoais, bens, valores e direitos;
Violência moral, onde há calúnia, difamação ou injúria.


Segundo pesquisa divulgada em 2006 pelo Ibope e Instituto Patrícia Galvão sobre Percepção e Reações da Sociedade sobre a Violência contra a Mulher, o nível de preocupação com a violência doméstica em todas as regiões do país aumentou.
Das pessoas entrevistadas, 33% apontam a violência contra as mulheres dentro e fora de casa como o problema que mais preocupa a mulher brasileira na atualidade. Além disso, 51% declararam conhecer ao menos uma mulher que é ou foi agredida por seu companheiro.

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